CUT não aceita teto de 10 salários mínimos e privilégios para juízes e militares

CUT não aceita teto de 10 salários mínimos e privilégios para juízes e militares

    

        O presidente da CUT, João Felício, disse que não aceita a idéia de um teto de 10 salários mínimos para a aposentadoria e nem a proposta de regimes especiais para juízes e militares. A afirmação foi feita após reunião de uma hora e meia, nesta terça-feira, dia 04 de fevereiro, com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini.

 

         “Não abrimos mão de um teto de 20 salários mínimos e tampouco que, no regime universal de aposentadoria, algumas categorias fiquem de fora, como os magistrados e os militares, por exemplo, afirmou Felício.  O presidente da CUT defende teto de 20 salários mínimos porque, segundo ele, alcançaria 95% dos assalariados públicos e privados do país.

 

Na avaliação dele, o restante poderia ser incorporado a fundos de pensão. “A maioria dos trabalhadores deve estar no regime público de Previdência e apenas o mínimo possível ser incorporado a fundos de pensão. Afinal no Brasil essa história de fundo de pensão não é muito recomendada”, defendeu.

 

Conforme informações do Jornal O Globo, Berzoini confirmou, após o encontro na CUT, que pretende se reunir o maior número de vezes possível com a bancada do PT e também com o bloco de sustentação do partido no governo. A disposição para as consecutivas reuniões já havia sido antecipada pelo ex-presidente da CUT, o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.

 

“Já conversei com o senador Nelson Peregrino (PT) e Aldo Rebelo (PC do B, líder do governo na Câmara) para que possamos agendar reuniões periódicas com o partido para definirmos linhas sobre a reforma. Estou disposto a mudar a minha agenda sempre que for possível só para conversar com deputados e senadores”, afirmou Berzoini.